"Eu guardei muitas coisas em minhas mãos, e perdi todas...Mas todas que coloquei nas mãos de Deus...Essas eu ainda possuo"
domingo, 11 de outubro de 2009
Padroeira do Brasil
A história de Nossa Senhora Aparecida
Como foi:
No ano de 1717, Dom Pedro de Almeida e Portugal, Conde de Assumar, então governador da província de São Paulo, em viagem para Minas Gerais, passou pelo Vale do Paraíba. Sabendo da visita do Conde, as autoridades locais se preocuparam em preparar um banquete à altura do convidado tão ilustre e convocaram todos os pescadores locais para levarem muitos peixes. Três pescadores ganharam destaque especial: Domingos Garcia, João Alves e Felipe Pedroso. A primeira tentativa de pegar os peixes foi frustante. Uma segunda tentativa, ao lançar as redes no Porto de Itaguaçu, no Rio Paraíba, os homens foram surpreendidos por uma imagem sem cabeça. Após muitos esforços, eles conseguiram resgatar a parte que faltava à escultura e prosseguiram com a pesca. Foram tantos peixes capturados na rede, que logoos pescadores voltaram para suas casas, com medo que o barco não suportasse o peso dos peixes. Felipe Pedroso acabou ficando com a imagem, reconhecida mais tarde como sendo realmente de Nossa Senhora da Conceição.
Os primeiros milagres:
A imagem ficou com o pescador durante 15 anos, depois foi passada pelo filho dele, Atanásio, que construiu um pequeno oratório, onde amigos e vizinhos se reuniam para rezar. Contam que numa certa noite, durante uma oração de terços, as velas que iluminavam a imagem se apagaram misteriosamente, sem que tivesse uma única rajada de vento para justificar o que tinha acontecido. Quando foram acender as velas de novo, tudo se iluminou de repente. Mas o milagre mais famoso da época foi o do escravo Zacarias, que suplicou à Virgem Maria que o libertasse das torturas de seu cruel dono. O escravo tinha fugido da fazenda, mas ao ser capturado, pediu ao capataz que o deixasse fazer uma oração na capela onde estava a imagem de Nossa Senhora. Quando começou a rezar, ouviu um estalo e as algemas de ferro, que prendiam os seus pés, abriram-se de maneira milagrosa. O capataz, assustado com o que viu, deixou que o escravo fossse embora imediatamente.
Curiosidades sobre a imagem:
A escultura encontrada no rio era feita em terracota, barro cozido. Ela foi reconhecida como sendo de Nossa Senhora por monges beneditinos do mosteiro de São Salvador, na Bahia. Acredita-se que a imagem teria sido esculpida pelo monge Frei Agostinho de Jesus. Segundo peritos, a imagem original era branca, com um manto pintado em azul. A cor negra teria surgido depois que ela ficou exposta, durante anos, à fumaça das velas e dos candeeiros. Nessa imagem, Nossa Senhora estaria sorrindo, revelando uma covinha no queixo, teria flores no cabelo e um broxe de três pérolas. Em 1978, a imagem sofreu um atentado e se reduziu a mais de 200 fragmentos. Foi levada até o Museu de Arte de São Paulo e reconstruída pela artísta plástica Maria Helena Chartuni.
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